
Anaeróbio ou aeróbio: você sabe qual a diferença?
Tipo de exercício e resultado capaz de gerar, são temas sempre estudados e discutidos ao longo dos anos. Com certeza você já ouviu falar deles, e muito mais dos aeróbios. Mas vamos tentar esclarecer de maneira mais simples aqui para que possamos entender o que está acontecendo no seu corpo. A primeira diferença básica se refere à intensidade do estímulo que está sendo exercida sobre o corpo, e qual fonte de produção de energia para o esforço, que o corpo vai utilizar de maneira prioritária ou mais importante em determinada situação. Traduzindo: o esforço que você terá que fazer é de produção de um movimento ou esforço muito intenso e que não conseguirá ser mantido por muito tempo(algo como menos que 20 segundos em média aproximadamente)? Se a resposta é sim, estamos falando de um exercício prioritariamente anaeróbio, ou seja, não aeróbio, que o corpo não precisa buscar ar(=aero) ou oxigênio para realizar o esforço. E o corpo não precisa porque como a necessidade de energia é muita e de maneira muito rápida, ele vai utilizar a energia que já está pronta para ser usada e que está armazenada dentro da musculatura. Ou seja, não tem muita e portanto, no momento que acabar, e vai acabar rápido, você não consegue seguir com o movimento. Agora quando o esforço tem uma intensidade não tão alta, e o corpo é capaz de mantê-lo por mais tempo, temos a utilização de maneira prioritária, de energia que vem de fora do músculo, via os vasos sanguíneos, que é um processo mais lento, mas que é capaz de seguir fornecendo energia por mais tempo pois não se limita a energia que está armazenada dentro do músculo e sim, esta que vem da circulação. Este processo de produzir a energia é chamado de oxidativo, ou seja, utiliza oxigênio, que vem do ar e por isso chamamos de aeróbio. Esse processo oxidativo, utiliza naquele momento, como principal fonte de energia que vai manter o esforço durando muito tempo, principalmente a gordura. Por isso durante muito tempo, as pessoas que queria emagrecer, acreditavam ser este o melhor método. Hoje no entanto, temos mais ciência e informação para entender melhor os diferentes exercícios e saber que existem alternativas mais eficientes. Isso não significa que exercício aeróbio não funciona. No exercício anaeróbio que explicamos no começo, a principal fonte de energia, no momento da execução, não é a gordura, porque como está em alta intensidade, não dá tempo de oxidá-la para poder utilizar. No entanto, ao final da execução de um esforço anaeróbio, precisamos repor aquela reserva de energia que consumimos em alta intensidade, e agora, como estamos nos recuperando, sem fazer esforço, a reposição de energia vai utilizar a via oxidativa, ou seja, a recuperação de um esforço anaeróbio, é pelo consumo de gordura, ou seja, pensando apenas na energia consumida no treino, não temos diferenças realmente importantes. Por outro lado o exercício anaeróbio, por levar o músculo ao stress e à escassez de energia máximos, acaba gerando pequenos traumas nas fibras musculares que chamamos de micro lesões. Esta micro lesões, são muito positivas, pois elas vão obrigar o sistema imunológico a “tratar delas”, fazendo um trabalho de reconstrução que pode levar alguns dias. Esse trabalho de reconstrução, como acontece em baixa intensidade de esforço, também vai utilizar a via oxidativa, ou seja, vai consumir gordura para reconstruir. E o melhor, é que vai ficar fazendo essa reconstrução 24h por dia até “cicatrizar” as micro lesões, ou seja, fica consumindo um tempão de gordura mesmo depois que você termina de treinar. E por último, depois que reconstruiu seu músculo, e agora ele está mais forte, só por estar maior o músculo também passa a consumir mais energia ao longo de todo o dia, porque agora ele é grande e precisa de mais para sobreviver, ou seja, mais gasto energético. Muito importante salientarmos duas coisas, mesmo quando trabalhamos por mais tempo e menos carga, também estamos gerando stress na musculatura e micro lesões, mas, em menor profundidade, escala, e em fibras que não ganham tanto volume pois não armazenam energia e utilizam muito mais a energia externa à musculatura. E o segundo ponto a salientar, é que em nenhum momento, um esforço é 100% só de um tipo. Sempre há uma relação onde todas as vias estão sendo utilizadas, aeróbia ou anaeróbio, de maneira mais prioritária para um lado ou para outro.
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